Dragon Ball é uma das franquias de maior sucesso dentro do
mundo dos mangás e animes. Desde sua estréia em 1984, a Saga de Goku e seus
amigos tem rendido várias aventuras no decorrer dos anos, seja em mangás,
animes, games ou outros produtos, Dragon Ball sempre se mostrou uma marca
forte.
Em 2018 podemos dizer que a serie atingiu um novo ápice de sucesso, não somente por Dragon Ball Super (a fase mais recente do anime de Goku e cia.), como também demostrou ótimos resultados no mundo dos games com o jogo Dragon Ball FighterZ, isso aliado a produtos que vendem como água, logico que a Toei Animation não ia deixar passar a oportunidade de lançar mais um filme da franquia.
Em 2018 podemos dizer que a serie atingiu um novo ápice de sucesso, não somente por Dragon Ball Super (a fase mais recente do anime de Goku e cia.), como também demostrou ótimos resultados no mundo dos games com o jogo Dragon Ball FighterZ, isso aliado a produtos que vendem como água, logico que a Toei Animation não ia deixar passar a oportunidade de lançar mais um filme da franquia.
Lançado no Japão em 14 de Dezembro de 2018 e no Brasil em 3
de Janeiro de 2019, o novo filme da franquia traz uma nova aventura com nossos
heróis enfrentando um novo oponente em batalhas frenéticas que são marca
registrada da serie.
O filme é dividido em 2 atos. O 1° se passa no passado, onde
é mostrada a relação do tirano Freeza com a raça guerreira Saiyajin, desde como
se conheceram até o ponto que Freeza decide eliminá-los. Em paralelo a isso
temos também a história de como Son Goku é envido a Terra pelos seus pais e
esse ponto é muito interessante, pois aqui além de ser apresentada Gine, a mãe
de Goku, somos agraciados com uma nova versão de Bardock, o pai do mesmo.
Para aqueles que não sabem, Bardock já havia sido
apresentado anteriormente em um especial de Tv de Dragon Ball Z em 1990, onde
apresenta uma personalidade muito mais selvagem e escrota, digna dos Saiyjins
mais vilanescos do anime, logicamente essa versão foi desconsiderada
atualmente. Nessa nova versão Bardock já não apresenta mais as suas
características violenta. Apesar de ser um Saiyajin, o mesmo demonstra se
importa com sua esposa e seus filhos, tanto que isso o motiva a enviar Goku
ainda criança para Terra como uma precaução, pois o mesmo já desconfiava da
inteções de Freeza.
Mas não somente Bardock é um personagem retconizado aqui
como também Broly, o grande destaque desse filme, mas desse falarei um pouco
mais a frente.
Esse 1° ato é onde se apresenta maior parte da história do
filme, e você pode pensar que talvez isso seja ruim, mas não é. Ele
simplesmente se encarrega de dar um contexto maior dos personagens principais,
nos apresentando uma história bem feita e bem amarrada, diria até emocionante e
digna do mangá original de Dragon Ball.
O 2° ato do filme já se passa nos dias presente, após os
acontecimento do Torneio do Poder (ultima saga do anime Dragon Ball Super).
Este ato se concentra exclusivamente em encaminhar todos os acontecimentos do
filme até a batalha contra Broly. Por sua vez essa condução é bem natural e
fluida, possuindo piadas engraçadas, lutas excepcionais e principalmente sem
esquecer aquilo que foi apresentado em seu inicio.
Mas e o Broly? Como disse anteriormente o personagem central
desse filme, Broly, não é um personagem novo na franquia. Criado em 1993 para o
filme Dragon Ball Z: O Lendário Super Saiyajin, Broly era simplesmente um
personagem ruim, possuía uma história besta e simplesmente era uma pilha de
músculos overpower que causava destruição. Não possuía falas além de seus
insistentes gritos chamando “Kakarotto”. Por algum motivo o personagem caiu nas
graças do publico e até hoje é um dos personagens mais populares da franquia,
isso sem nem mesmo ser um personagem da linha canônica da serie.
Vendo o sucesso do mesmo, Akira Toriyama (criador de Dragon
Ball) com uma singela sugestão do editor dele decidiu tornar o personagem
canônico dentro da franquia e também transformar ele no ponto central desse
filme. Apesar de não ser grande fã do personagem original, o Broly apresentado
nesse filme é um ótimo personagem, com uma história simples, mas bem feita. Em
alguns minutos da aparição do mesmo, você compra sua história. Ele agora possui
uma personalidade, falas e sentimentos e isso é muito bem traçado com a relação
dele com seu pai Paragus e com os capangas de Freeza, Chirai e Remu. Lógico que
ainda a essência do original se encontra lá na hora da luta, ele ainda grita,
bate e é muito forte, mas dessa vez não é só um personagem vazio, ele possui
conteúdo.
Sem sobra de duvidas Broly é o personagem principal desse
filme. Por grande parte do filme acompanhamos sua trajetória e seus
relacionamentos até o ponto que ele enfrenta Goku e Vegeta. Isso ficou muito
bom, pois novamente mostra que Dragon Ball não é somente regido em volta de
Goku e Vegeta.
A história de Broly
começa no 1° ato com ele sendo isolado em um planeta remoto pelo Rei Vegeta
Terceiro (Pai do Vegeta que conhecemos) por ter um poder de luta maior que o do
príncipe. Lógico que nada satisfeito, Paragus, o pai de Broly, não aceita isso
e decide ir atrás do filho. Após a tentativa de resgate que deixa os dois
presos nesse planeta, Paragus nutre um sentimento de vingança pela família
Vegeta e treina Broly para alcançá-la. No 2° ato somos apresentados a dois
capangas de Freeza chamados Chirai e Remu, que acabam encontrando Paragus e
Broly, resgatando-os e levado até Freeza. Claro que o vilão não ia deixar essa
oportunidade escapar e decide usar Broly pra se vingar de Goku e Vegeta.
Um dos pontos altos do filme sem duvida é a animação,
apresentando algo completamente estilizado e diferente que a franquia Dragon
Ball já mostrou. Ela é fluida e muito colorida fazendo as lutas serem bem mais
dinâmicas do que já se foi apresentado. Os ângulos de câmera, efeitos de
velocidade, impactos dos golpes são altamente bem detalhados e próprios em suas
cenas. Infelizmente em alguns momentos essa linda animação é substituída por
uns personagens de CG bem duros e nada agradáveis, mas como são em momentos
muito específicos não se torna algo prejudicial ao filme, só dá uma incomodada.
Porém nem tudo são flores, infelizmente musicalmente o filme
acaba sendo um pouco fraco. Não chega a ser algo terrível que estrague as
lutas, pois essas, por sua vez, se sustentam bem sozinhas, mas o que é
apresentado durante as brigas é uma musica um tanto pobre que só repete nomes
dos personagens que estão lutando e as vezes falando “go” numa espécie de
musica eletrônica. O que acabou me chocando um pouco visto que todos os
trailers continham a musica Blizzard do cantor Japonês Daichi Miura como tema
do filme, inclusive o trailer que apresentava o personagem Gogeta tem essa
musica muito bem pontuada e dando clima a luta, mas ela acaba só sendo tocada
mesmo nos créditos.
Com certeza Dragon Ball Super: Broly é um ótimo filme,
trazendo uma narrativa interessante e bem amarrada, destacando características
fortes da serie e respeitando a obra original (muito disso devido ao fato do
próprio Akira Toriyama assinar o roteiro), com ótimas lutas e apresentado
“novos” personagens muito bem construídos. O filme se mostra uma aventura ímpar
dentro do universo Dragon Ball e sem dúvida o melhor filme da franquia. Com
certeza um prato cheio para os fãs e talvez até pra aqueles que no máximo
simpatizam. Realmente valeu muito a pena ver o filme.