Séries Adolescentes dos Anos 90 e 2000


    Séries como "Barrados no Baile", "Dawson’s Creek", "The O.C." e "Gossip Girl", além de terem em comum o público-alvo adolescente, também são produções que se sucederam, cada uma marcando uma geração diferente. Iniciei a maratona de "Dawson’s Creek" na Netflix, após tê-la assistido parcialmente no Amazon Prime Video no ano passado. Não finalizei anteriormente porque as temporadas foram ficando monótonas, e o personagem que eu apreciava perdeu relevância.

    Mas vamos ao motivo do texto. Por mais que pareça óbvio, percebi que as séries adolescentes mais populares dos anos 1990 e início dos 2000 estrearam em sequência.


A primeira dessa leva é "Barrados no Baile" (Beverly Hills, 90210). O programa estreou nos EUA em 1990, mas só chegou ao Brasil em 1992. A trama gira em torno dos irmãos Brandon (Jason Priestley) e Brenda Walsh (Shannen Doherty), que se mudam para o badalado condado de Beverly Hills, em Los Angeles, após o pai deles conseguir uma promoção no trabalho.

Para a época, a série abordou temas bastante polêmicos, como AIDS, violência doméstica, suicídio, abuso de drogas, gravidez na adolescência e estupro, chamando bastante atenção. A atração durou 10 temporadas, com o último episódio exibido em 17 de maio de 2000. Assim, quem acompanhava desde o início já era um público mais envelhecido nas últimas temporadas, o que abriu espaço para uma nova geração que chegava e precisava de uma nova série para chamar de sua.


    Em 1998, foi lançada "Dawson’s Creek", cuja trama acompanha o jovem Dawson (James Van Der Beek), um aspirante a diretor de cinema, e seus amigos Joey (Katie Holmes), Pacey (Joshua Jackson), Jen (Michelle Williams) e Jack (Kerr Smith). Assim como "Barrados no Baile", a série também aborda temas polêmicos, como saúde mental, infidelidade, relacionamento entre professora e aluno menor de idade, homossexualidade, alcoolismo, entre outros.


    Embora o nome do show seja "Dawson’s Creek", os melhores personagens, para mim, são Joey e Pacey, pois são os mais desenvolvidos ao longo dos episódios. O protagonista Dawson é o típico menino mimado que idealiza um mundo perfeito e acha que tudo gira ao seu redor. A série terminou de ser exibida em 2003, ano de estreia de outra produção que marcou uma nova geração.


    No dia 5 de agosto de 2003, estreou "
The O.C." (O.C.: Um Estranho no Paraíso). Essa foi a minha série favorita na adolescência, junto com "Smallville". Na época, eu tinha 16 anos, vivendo várias aventuras, como viagens para casas de praia com amigos, namoricos no colégio e passeios de van.


    Na série, somos apresentados a Ryan (Ben McKenzie), um jovem infrator que é preso e tem sua vida mudada ao ser adotado pelo rico casal Cohen. Morando na luxuosa região de Orange County, Ryan conhece o filho dos Cohen, Seth (Adam Brody), além de sua vizinha Marissa (Mischa Barton) e a melhor amiga dela, Summer (Rachel Bilson). Como as anteriores, "The O.C." aborda diversos tópicos como drogas, alcoolismo, sexualidade, problemas psicológicos, intrigas familiares, etc.


    Se não me falha a memória, foi "The O.C." que começou a popularizar a figura do
Nerd/Geek na cultura pop com o personagem de Seth Cohen. Algo que seguiu com a série "Chuck", do mesmo criador Josh Schwartz, e ganhou dimensões gigantescas com "The Big Bang Theory". O programa durou até 2007, quando foi substituído por outra série, também assinada por Josh Schwartz, desta vez ao lado de Stephanie Savage.


    Baseada no livro homônimo, "Gossip Girl" (Gossip Girl: A Garota do Blog) mostra a jovem Serena (Blake Lively) retornando a Nova Iorque após ter ficado seis meses em um internato, mantendo-se fora do alcance de amigos e conhecidos. Novamente, acompanhamos um grupo de jovens brancos e ricos em meio a intrigas, sexo e drogas. Contudo, desta vez, com seus segredos divulgados por uma misteriosa blogueira que atende pelo nome de Gossip Girl.


    Por mais que sejam séries de épocas diferentes, os assuntos abordados são recorrentes. Temas como sexualidade, dores do crescimento e consumo de drogas estão sempre presentes. Além disso, contam histórias focadas nas classes mais altas da sociedade americana. É evidente que existem outras produções do tipo, mas essas foram destacadas porque acabam representando uma sequência de sucessos que acompanharam várias gerações nessa virada de século.

Hoje, graças ao streaming, acredito que o número de séries tenha ficado ainda maior, possibilitando vários outros dramas para os jovens de hoje. Um bom exemplo é a série "Os 13 Porquês" (13 Reasons Why). Ela contém vários aspectos de suas antecessoras, como a predominância de personagens de classe média e discussões sobre problemas que tipicamente afligem os adolescentes.

Será que os novas séries conseguiram ter o mesmo impacto que os programas dos anos 90 inicio dos 2000? só o tempo irá dar essas respostas.