Indiana Jones e a Relíquia do Destino | Crítica

Criação de Steven Spielberg e George Lucas, Indiana Jones se tornou uma das mais icônicas e populares franquias de aventura de todos os tempos, deixando uma marca indelével na cultura pop e no coração dos fãs.

Assim, por muito tempo, as incríveis jornadas do carismático arqueólogo Dr. Henry "Indiana" Jones Jr. ficaram restritas à trilogia de filmes lançada durante os anos 80.

Contudo, quase duas décadas depois, tivemos o inesperado "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (2008), que pouco agradou o público e a crítica. Parecia ser uma típica sequência tardia que acabaria meio ignorada pelo tempo e que pouco impactaria o imaginário criado pela trilogia clássica.

Passados mais quinze anos, chegamos a "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", novamente protagonizado pelo agora octogenário Harrison Ford.

Na trama, Dr. Jones está prestes a se aposentar quando recebe a visita de sua afilhada Helena (Phoebe Waller-Bridge), que o procura solicitando ajuda para encontrar a lendária Máquina de Anticítera, cuja construção é atribuída a Arquimedes. 

O que o veterano herói não sabe é que o nazista Voller (Mads Mikkelsen) também está atrás do artefato.

O grande desafio do diretor James Mangold é tornar o personagem atrativo para um novo público que cresceu tendo como referência no cinema de aventura as produções de super-heróis. 

Entretanto, por mais que existam piadas com a idade do personagem, fica difícil convencer que ele seja capaz de realizar tantas estripulias durante duas horas e meia.

E se a intenção dos produtores era especular se a personagem Helena poderia seguir o legado da franquia em um possível spin-off, adianto logo que ela não tem força para isso. 

A atriz Phoebe Waller-Bridge entrega uma boa interpretação e a personagem é interessante, mas não cativante o suficiente para segurar um filme inteiro.

Portanto, "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", infelizmente, não apresenta uma aventura à altura do mítico personagem. O apelo fica mais na nostalgia e na provável despedida de Harrison Ford como herói de ação em um grande blockbuster. 

O filme pode até agradar os fãs antigos, mas dificilmente despertará no novo público o comichão do "chamado para a aventura".

Nota: 6

"Indiana Jones e a Relíquia do Destino" está em exibição nos cinemas.