O Crime é Meu | Crítica

"O Crime é Meu" é uma comédia policial francesa ambientada na década de 1930 que conta a história de Madeleine Verdier (Nadia Tereszkiewicz), uma atriz com dificuldades financeiras que decide assumir a autoria de um crime que não cometeu: o assassinato de um famoso e detestável produtor de cinema.

Com a ajuda de sua melhor amiga, a advogada Pauline (Rebecca Marder), as duas colocam em prática um plano para impulsionar suas carreiras: buscar a absolvição de Madeleine por legítima defesa, transformando-a em uma espécie de ícone feminino.

Apesar de ser uma produção de época, o tema do filme é muito atual. 

Hoje em dia, as pessoas fazem qualquer coisa para viralizar na internet e conseguir muito mais do que apenas quinze minutos de fama, mesmo que para isso precisem se aproveitar de situações hediondas.

O versátil diretor François Ozon utiliza uma linguagem teatral para desenvolver sua trama, dando à história um ar inicial como se fosse uma peça sendo apresentada para o cinema. Afinal, as personagens estão encenando um fato inexistente.

A trama começa lenta, mas não perde o ritmo. Ela é conduzida como uma montanha-russa, começando devagar e melhorando a cada momento, sendo bem envolvente com suas protagonistas altamente carismáticas.

O grande problema de "O Crime é Meu" é que, infelizmente, o longa passará despercebido pelo grande público, pois será exibido em poucas salas, restrito ao circuito alternativo.

Caso haja uma sessão próxima de você, não perca a oportunidade de conferir esta deliciosa comédia.

Nota: 8

"O Crime é Meu" está em exibição nos cinemas: