"A Freira 2" é a nona produção do universo cinematográfico concebido por James Wan a partir de "Invocação do Mal" (2013), que também conta com a subfranquia da boneca "Annabelle".
Em meio a tantas iniciativas vistas em Hollywood de estabelecer um universo canônico semelhante ao MCU da Marvel, talvez este tenha sido o único a se desenvolver sem grandes problemas.
No entanto, as franquias de terror há tempos vêm proporcionando inúmeras continuações, remakes, reboots, crossovers, spin-offs, etc. Além disso, sempre entregaram um bom retorno nas bilheteiras, com baixo custo de investimento pelos estúdios.
Na trama de "A Freira 2", acompanhamos a Irmã Irene (Taissa Farmiga) sendo recrutada pelo Vaticano para investigar o assassinato de um padre na França de 1956, o que a levará a reencontrar o demônio Valak, a Freira (Bonnie Aarons).
O filme se divide em duas narrativas, em uma delas acompanhamos a Irmã Irene e sua investigação, e na outra, os eventos que ocorrem no colégio interno francês onde se encontra outro grupo de personagens.
Esse vai e vem entre as tramas deixa o ritmo da história muito lento, transformando a duração de 1h40 em quase uma eternidade.
Além disso, o filme abusa do jump scare, aqueles cortes abruptos que tentam surpreender o espectador. O uso excessivo dessa técnica é vulgarizado e evidencia a falta de criatividade do filme em buscar alternativas mais inventivas para aterrorizar o público.
Portanto, "A Freira 2" é um filme que deve agradar apenas aos fãs deste universo, pois não apresenta nenhuma outra ambição. No final, ainda há uma cena com o casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) em uma aparição para promover o próximo "Invocação do Mal 4" (The Conjuring: Last Rites).
Nota: 3/10