O público que assiste a filmes muitas vezes cai em uma
armadilha comum: acreditar que os longas baseados em fatos reais são uma
transposição direta da realidade para a tela do cinema. Esse equívoco é ainda
mais agravado quando se trata de um documentário. Embora um filme documental
possa apresentar a realidade, ele não é necessariamente um retrato fiel da
verdade, mas sim um ponto de vista que o documentarista deseja transmitir ao
público.
Não é diferente no documentário vencedor do Oscar "20 dias em Mariupol",
dirigido por Mstyslav Cherno. Neste filme, o diretor explora os horrores da
guerra para contar os eventos do conflito entre Rússia e Ucrânia. O público
mais sensível provavelmente vai cair na armadilha montada por "Cherno" ao
acreditar que o que assiste é a realidade dos acontecimentos entre os dois
países.
O documentário que concorre ao Oscar, segue os mesmos passos
de seu antecessor “Winter on Fire” que concorreu na mesma categoria em 2016. As
duas produções não passam de armas contra a política contra Vladimir Putin.
O maior problema na direção de Mstyslav Chernov, que ele não
dá um contexto sobre os acontecimentos, afinal de contas o objetivo dele é o
sensacionalismo. O diretor apela ao mostrar um bebe sendo reanimado e indo a óbito.
Cherno é uma espécie de “Kevin Carte”, se abrigado em um hospital a espera das
vitimas para vender seu material para impressa estrangeria com a desculpa que
está denunciando as injustiças da Rússia contra a Ucrânia.
"20 dias em Mariupol" pode ter o mesmo destino de
que “Winter on Fire”, que omitiu várias informações porque foi produzido não
como um documentário sério mais como uma arma política.
Nota:1