Dois é Demais em Orlando | Crítica

 


    João (Eduardo Sterblitch) é um cara apaixonado por parques de diversão, filmes e super-heróis. Ele está prestes a tirar férias e realizar um grande sonho: conhecer os parques do Universal Orlando Resort, na Flórida. Mas é surpreendido por um pedido inesperado de Clara (Luana Martau), sua chefe: levar o seu filho, Carlos Alberto (Pedro Burgarelli) - um menino de 11 anos muito maduro e nada aventureiro - no voo até Orlando. O plano é entregar o garoto ao pai, Ricardo (Anderson Di Rizzi), que mora nos Estados Unidos, mas tudo dá errado. E, muito a contragosto, João e Carlos Alberto ficam "presos" um ao outro durante a viagem.

      'Dois é Demais em Orlando' é a típica comédia de duas pessoas opostas que têm que aprender a conviver uma com a outra, exemplo disso é o indicado ao Oscar 'Os Rejeitados', mas diferente deste, o longa nacional, é uma comédia escrachada. Com vários momentos que lembram os clássicos da 'Sessão da Tarde' o filme dirigido por Rodrigo Van Der Put é divertido e tem bons momentos de humor, mas peca quando perde a proposta de ser um filme e se torna uma peça publicitária que quer atrair turistas para passarem suas férias em Orlando.

    O personagem de Sterblitch é o típico brasileiro que sonha em ir para os EUA para conhecer os famosos parques que a cidade de Orlando pode oferecer. O roteiro é centrado nesta propaganda e a trama funciona não como eixo principal, mas como secundário, visto que a ideia é divulgação das atrações que o Parque da Universal tem a oferecer.

     Por se preocupar em ser uma peça publicitária, o roteiro não se incomoda em apresentar uma trama previsível. Mas o longa funciona bem com a dupla de atores principais, que têm bons momentos em tela.

    'Dois é Demais em Orlando' é um filme divertido e que tem pretensões de ter uma continuação caso tudo dê certo, mas não é um filme que você tenha a obrigação de assistir nos cinemas, visto que em breve chega ao Telecine.

 Nota: 5