Com o advento
da gourmetização, comidas simples se tornaram pratos chiques. Ao invés de se
comer um simples "cachorro-quente", que ainda pode ser encontrado em
qualquer esquina, agora comemos um "hot dog premium". Essa tendência
não é exclusiva do mundo culinário; ela também está presente no universo
cinematográfico. A diferença é que muitas vezes nos deixamos enganar pelo
"recheio" que nos é apresentado. E esse é o caso de Godzilla e Kong:
O Novo Império.
O filme é o
quinto da franquia do “MonsterVerse”, iniciada lá em 2014. Na trama dirigida
por Adam Wingard (Death Note), vamos mais fundo na história dos dois Titãs, em suas origens e nos mistérios da Ilha da Caveira, para desvenda a batalha mítica que ajudou a forjar esses
seres extraordinários, ligando-os à humanidade e seu destino para sempre.
"Godzilla
e Kong: O Novo Império" bebe em toda a estética dos filmes dos anos 80/90.
Temos a criança inteligente que acompanha a equipe de adultos, e esse ponto se
estende para o Kong e seu parceiro mirim. Mas as referências aos clássicos não
param por aí. Dan Stevens dá vida ao personagem "Trapper", uma
mistura de Magnum PI com Ace Ventura, que faz as vezes do típico
"personagem fora da caixa" que ajuda a equipe. E se você gosta de
sintetizadores, a trilha está cheia deles.
Mas o maior problema de "Godzilla e
Kong: O Novo Império" está relacionado com que foi mencionado no início do
texto. O longa não passa de um “Sharknado” gourmetizado. A franquia se vale do ”Gozilla”
e das batalhas dos monstros, para vender um filme arrastado, com péssimos efeitos especiais
e uma batalha final sem grandes emoções que ocorre no Rio de Janeiro. Mas é claro que existem outros problemas, por exemplo. Peguem o trailer do filme, ele não tem nada, demonstrando o quanto que a trama dos humanos e do próprio Godzilla servem apenas para serem um grande tapa buraco para luta principal.
Se vocês acharam que “Madame Teia” era um filme ruim, esperem para assistir "Godzilla e Kong: O Novo Império". O filme chega ser muito pior que o filme da Sony. Entretanto, poucos notem esse porque vão utilizar a desculpa de que nesse tipo de filme o que importa é a luta dos monstros.
Nota:3