Terrifier 3 é o melhor filme de Natal para se assistir no Halloween.
Damien Leone retorna para o terceiro capítulo de sua franquia de terror com Terrifier 3. Desta vez, o sádico palhaço Art invade o espírito natalino com muito sangue e mutilações, mantendo o humor sombrio que equilibra bem o horror e a comédia, e chega em momento oportuno, estreando hoje, no Halloween.
Neste novo capítulo, Art busca vingança e está disposto a eliminar qualquer um que se interponha em seu caminho, sem poupar nem velhos, nem novos conhecidos. Damien Leone assume novamente a direção e o roteiro, como fez nos dois primeiros filmes da franquia, e David Howard Thornton retorna no papel de Art, o palhaço assassino. Essa continuidade de equipe ajuda a manter a essência da série e a fortalecer o carisma macabro do personagem principal.
A escolha do Natal como pano de fundo não é coincidência ou apenas uma forma de evitar a repetição. No desfecho, o roteiro introduz diversos símbolos da mitologia judaico-cristã que justificam a ambientação natalina. Mesmo que não houvesse essa camada de simbolismo, Terrifier 3 ainda seria um excelente exemplo de filme de terror gore, mantendo o impacto visual e a intensidade que marcam a franquia.
Um dos maiores trunfos de Terrifier 3 é justamente o tom despreocupado que assume, entregando exatamente o que o público espera: um festival de horror gore, que já se tornou a marca registrada dos filmes anteriores. Se você é fã da franquia, não ficará decepcionado com a quantidade de cenas sangrentas e o estilo despretensioso do longa.
Como nas produções anteriores, Leone é preciso na direção, sabendo dosar o ritmo das cenas de violência e mutilação. Nada é apressado ou jogado sem propósito; o diretor conduz a narrativa com maestria e aproveita para estabelecer o terreno para o próximo filme, preparando o público para o que está por vir na saga do palhaço Art.
O sucesso de Terrifier reside, em grande parte, na figura icônica de Art, que revive o estilo dos clássicos vilões de filmes slasher dos anos 80 e 90. O personagem, com sua caracterização assustadora e bizarra, é um exemplo perfeito de um assassino implacável. Diferente de franquias como Jogos Mortais, que buscam se levar a sério, Terrifier abraça o lado cômico e exagerado, trazendo um terror que percorre o limite da insanidade e da galhofa, sem pretensões de inovar, mas entregando o que os fãs mais gostam: sangue e mutilações.
Nota: 8,5